Quando me iniciei na fotografia de mamíferos nocturnos, tinha algumas ideias do que podia correr mal (geralmente, são as primeiras coisas em que se pensa!) mas ideias muito concretas sobre o que queria fazer: fotografar Gineta com grande angular e em especial a Gineta que eu ocasionalmente via nas minhas incurssões nocturnas pela Mata Nacional de Leiria. No total, passei quatro meses no mesmo local. Bem, não dormi lá mas deslocava-me todos os dias para ver, estudar, alimentar e fotografar um dos mamíferos mais discretos da fauna nocturna nacional. Durante esse tempo, identifiquei a hora de passagem e qual o percurso que o animal fazia todas as noites, montei o equipamento e esperei a cerca de 70m com um sistema de visão nocturna para perceber se o animal entrava por onde queria. Durante essas esperas tive situações hilariantes e outras em que ao desmontar o equipamento, ficava perto de mim, a cerca de 3m a observar os meus movimentos.
As primeiras fotos são sempre uma grande emoção mas regra geral, são lixo. Havia que insistir e a práctica faz a perfeição. Consegui o que queria ao fim de um mês e embora o objectivo tivesse sido alcançado, queria ir um pouco mais além e saber o quão próximo me conseguia aproximar do animal. Agora o objectivo era um retrato com grande angular, a cerca de 20cm da Gineta. Fui na noite seguinte, fiz duas fotos e nunca mais lá voltei. Se calhar tive sorte!
3 comentários:
Parabéns, um trabalho magnífico, uma descrição interessante, um belo resultado.
a sorte dá muito trabalho.
parabéns pela foto. ... e por todo o seu trabalho.
Muito porreiro! Parabéns!
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